Depois de uma remada de 120 km pelo Rio Negro, na Floresta Amazônica, exploração de rios e cavernas em Bonito e de uma expedição pelos cânions secretos da Serra da Canastra, o último episódio da Expedição Brasil passou pelos três estados nordestinos da chamada Rota das Emoções, que reúne Jericoacoara, no Ceará, Delta do Parnaíba, no Piauí, e Lençóis Maranhenses, no Maranhão. O quarto capítulo da Expedição Brasil irá ao ar no próximo domingo, 18 de novembro, no Esporte Espetacular.
Com o objetivo de fazer uma corrida por todo o litoral piauiense, o repórter Clayton Conservani convidou dois guias locais para acompanhá-lo na dura missão de três dias: encarar areia, terrenos acidentados, maré cheia, pernas pesadas e calor de 35°C, de uma ponta a outra do Piauí. A repórter Carol Barcellos não participou desta reportagem porque foi convidada para representar o Brasil, nos Estados Unidos, em um projeto com mulheres do mundo todo que trabalham a autonomia feminina através do esporte.
Começando por Jericoacoara, Clayton aproveitou para aprender um novo esporte: o kitesurfe. Jericoacoara e Preá são considerados os melhores picos para velejo do mundo, por terem ventos fortes o ano todo, podendo atingir até 40 nós, o equivalente a 75km/h. Neste dia, a velocidade do vento estava forte, 30 nós, em torno de 55km/h. Mas diante de um convite do tricampeão mundial de kitesurfe, Carlos Mário “Bebê”, em um dos melhores lugares do mundo para a prática, Clayton não recuou.
– Tive que ter muita atenção na pipa, executar exatamente o que o instrutor ensinava e usar o instinto. Não é fácil aprender este esporte – contou Clayton.
Se ele conseguiu sair velejando em apenas um dia de aula, você confere no próximo domingo. Mas foi só um aquecimento. A meta era explorar, dentro da Rota das Emoções, o menor litoral do Brasil, correndo. Mais de 20km por dia de corrida no Piauí – o equivalente a três meia maratonas em dias consecutivos. Junto com os guias Luciano Uchoa e Claudio Rênio, o trajeto do primeiro dia começou no município de Cajueiro da Praia. Próximo à largada, se encontra o maior cajueiro do mundo, o “Cajueiro-Rei”, de 8.800m².
– A gente começa saindo da ponta do Piauí, temos o rio Timonha, que faz a divisa dos estados do Piauí e Ceará, e vamos percorrer esse litoral até chegar ao fantástico rio Parnaíba, o maior rio genuinamente nordestino, 1.500 km de rio. Ele desemboca no oceano formando o grande Delta do Parnaíba, o único delta em mar aberto das Américas – explicou o guia Cláudio Rênio.
Depois de 21km, o percurso terminou na praia de Carnaubinha, onde começou o segundo dia – mais 21km em linha reta, com areia fofa, calor, rotina de pescadores e praia vazia até a chegada ao Quebra-Mar, no município de Luis Correa.
O último dia de corrida começou em um barco, cruzando o rio Igaraçu, ao lado dos pescadores, com objetivo de chegar até o fim do litoral do Piauí, no Delta do Parnaíba.
– A previsão vai dar uns 23/24 km, mas correr dentro do Delta, o único delta em mar aberto das Américas, vai compensar – disse Luciano.
Com areia fofa, no Parque Eólico de Parnaíba, onde quase não tem movimento de pessoas, o calor foi intenso na primeira parte até Clayton, Luciano e Cláudio avistarem a Pedra do Sal. Na segunda parte, imprevistos surgiram, a maré cresceu, os corredores tiveram que se movimentar já dentro d’água. Como eles conseguiram concluir a corrida com o avanço do mar? Você assiste neste domingo, a partir das 10h, no Esporte Espetacular.
Por Jeep — Rota das Emoções | GloboEsporte.com
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