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Arte: o desenvolvimento da cultura piauiense da pré-história ao pintor e escultor Nonato Oliveira

 

Arte: o desenvolvimento da cultura piauiense da pré-história ao pintor e escultor Nonato Oliveira

Desde a era pré-histórica, a arte é um meio de comunicação que intercala sentimentos e vivências. O termo “arte” surgiu do latim, significando técnica e/ou habilidade, e referia-se não somente a prática, como também ao trabalho, a profissão e ao desempenho de uma tarefa. Os primeiros “artistas”( que foi o homem pré-histórico), definiram o real significado do que a arte é hoje pra nós: uma ferramenta que exterioriza sentimentos, acontecimentos e que valoriza ações rotineiras, que para eles foi: a caça, os rituais, as danças, alimentação etc.

Arte rupestre representando o cotidiano deles

Como ainda não havia surgido a escrita, a arte foi o meio de comunicação do homem pré-histórico, e ainda hoje é uma ferramenta muito importante para comunicação. Através da arte, tudo é possível.

Nicho Policrômico – Toca do Boqueirão da Pedra Furada – Serra da Capivara – PI

Mas o que realmente podemos entender por arte? Que ela é um elemento transformador e é a junção da pintura, escultura e arquitetura. Que é um meio de se preservar a cultura de um povo. De valorizar o passado sem alterá-lo. Mas principalmente, que ela é uma das ferramentas mais poderosas do mundo. E é por meio dela que hoje possuímos uma história e temos o prazer de vivenciar essa história mesmo sem ter vivido na época. Podemos visitar as pinturas rupestres, as esculturas da Grécia, as pirâmides do Egito, pinturas magníficas etc, ou seja, a arte nos possibilita uma visão especial desses acontecimentos. E foi por meio dela, que se desenvolveu a necessidade de proteger essa memória historicista. De criar uma cultura nacional e valorizar o que é nosso. E é com imenso orgulho que introduzimos uma história que deve ser lembrada: a do ilustre artista piauiense Nonato Oliveira.

Nonato, é um brilhante pintor e escultor nascido e criado em um interior do estado do Piauí, São Miguel do Tapuio. Localizada a 190 km da capital Teresina,  é uma cidade que mostra uma riqueza arqueológica que guarda traços de civilizações antiquíssimos. Filho de um pedreiro e pintor de paredes, desde criança teve contato com o material que sobrava dos trabalhos do pai, e foi desenvolvendo o interesse pela arte. Ainda criança começou a fabricar seu próprio material de pintura, que consistiam em cascas de árvores e sementes. Ou seja, sempre mostrou que era criativo e que tinha um dom para as artes. Na adolescência, fez uma série de esculturas sobre a Guerra de Canudos na década de 60, para a Maison de France e recebeu como prêmio uma bolsa de estudos na França.

Aprendeu a fazer vitrais e murais, e assim que voltou a Teresina, começou a deixar sua identidade pela cidade. Com o reconhecimento de seu incrível trabalho, teve oportunidade de realizar exposições de suas obras pelos Estados Unidos e Europa. Mesmo com o devido reconhecimento, nunca deixou de ser uma pessoa simples e que trabalhou fazendo o que ama, e com isso ainda conseguir disseminar o nome do Piauí pelo mundo.

 

Vitrais da igreja de Sta. Teresinha (Foto: Paulo Barros)

Nonato começou também a fazer murais, e espalhou-os pela cidade de Teresina. Como pode-se observar:

Pintura feita no Centro de Convenções de Teresina, onde ele retrata o nordestino.

Escultura do Cabeça de Cuia com as sete Marias Virgens, localizado no Encontro dos Rios.

Também mostrou sua arte em alguns prédio públicos da cidade, em um shopping, em uma escola privada, na Universidade Federal do Piauí entre outros. Pode-se encontrar seus valiosos tesouros por toda a cidade.

Seu desejo sempre foi o de retratar o povo piauiense com o seu folclore e sua história de vida, o que ele fez de uma maneira excepcional e única. Sua arte traduz seu modo de ser: contagiante, extremamente a favor da valorização da cultura local e sonhador. E é por todo o seu trabalho incomensurável que será feito um estudo para o processo de tombamento de suas obras, pois seu trabalho merece ser parte da história não somente do Piauí, mas do mundo.

Fonte: Coordenação de Patrimônio e Cultura do Piauí

 

 

 

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