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Cronicando o Piauí: Aquela rotina

“Um velho calção de banho, um dia pra vadiar…” Nestes dois versos de Vinicius, estão ancoradas, a minha jangada e a minha vela, a conduzir-me ao horizonte. Cada dia que se esvai, vejo, que esta vida à toa, alimenta a paz, os sonhos, a alma… fortalece, também, o descompromisso com este mundo efêmero. O corpo é corrupto: só quer sombra e água fresca. A alma, é sublimo: almeja o firmamento. Do alto dos meus 55, não preciso de pressa. Durmo cedo e acordo mais cedo ainda. “Os bichinhos estão criados, satisfeito o meu desejo” (Ataulfo?). Meus filhos criaram asas e voaram do ninho. Cada um no seu quadrado.

Hoje, separado, porém, amigo da minha ex, mãe das minhas filhas, vivo eu, meus cachorros, meus livros, meus discos (ou CDs, ou pen-drive, ou cartão de memória, ou celular, ou PC…), minhas plantas e meus pássaros. Como sou funcionário divino, confecciono os meus horários, meus calendários, minhas atividades, minhas tarefas e meus dias. A rotina é mais ou menos assim: acordo às 5h, faço minhas orações (ou rezo o Ofício de Nossa Senhora da Imaculada Conceição, ou o Terço de Santa Cruz dos Milagres, ou o Terço da Libertação, ou o Terço Mariano), vou à pracinha em frente à minha casa e faço o meu cooper, retorno depois de correr 6 mil metros, banho na ducha do jardim (pois me dar uma maior visibilidade do céu), preparo e tomo o café à companhia dos cães, do vento e dos pássaros. Deito um pouco em frente à Ana Maria Braga.

Vou assistindo e escrevendo ou lendo alguma coisa. Levanto, barro a casa, lavo as louças e minhas marmitas pra pegar o almoço na casa da mamãe (ainda não tenho traquejo pra preparar o almoço, entretanto, pretendo aprender). Às vezes, ponho a mochila às costas, pego meu cavalo-de-aço e vou ao Dirceu conversa com o amigo Zé-zim. Noutras, vou ao cemitério, São Judas Tadeu, depositar flores e rosas à minha mãezinha. Vez por outra, vou à Draga, do meu amigo Zé Wilson, no Rodanel, visitá-lo. Tem dia que vou à Demerval Lobão, terra do amigo Alnejair, tomar suco de cajá, no Rei da Cajá – fica ao lado fa igrejinha, na BR. Hoje, vim trazer o carro pra lavar. Gosto de perambular. Às vezes, visitava meu amigo Adriano, que voltou a residir em Pedro II (qualquer dia destes sairei por lá para visitá-lo.

Aproveitarei para visitar o meu irmão Olímpio em Campo Maior e meu amigo Chico Jovem em Piripiri). Gosto de andar ao léu. Devo uma visita ao Dárcio Rufino em Inhuma e ao Fernando em Parnaíba… Gosto de ser andarilho.

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