Ícone do site 100% PIAUÍ

Cronicando o Piauí: Casa de mãe

Tomo o pingado na casa da mamãe e fui fazer uma visitinha de praxe ao meu amigo Adriano. Chegando lá, encontro o atelier fechado. Volto e venho relembrando minhas andanças e minhas odisseias pelo bairro na época da minha juventude. Logo alguém buzina, insistentemente, era o Filho, meu genro, e minha Ananda a caminho do “trampo”. Param e tivemos dois dedos de prosa no largo do posto de combustível Santa Teresinha. Despedimo-nos. A poucos passos dali, topo com meu amigo borracheiro Adriano. A conversa gira em torno de uns lotes de terreno que estão sendo vendidos no povoado Alegria. Despedeço-me e continuo minha jornada.

Paro na banca de bombons do meu amigo Chiquinho e a prosa fica por conta de um celular que ele deu de presente de aniversário para sua eterna namorada-esposa. Muito alegre, conta-me que ela já está sabendo mexer no Whatsapp e no Face. Já sabe mandar e receber fotos e vídeos. Que comprou numa promoção na “Casa Pintos”. O mesmo custava $ 980,00 reais, mas com a promoção saiu em 12x de $ 54,00. Deixei-o, muito contente com o feito, e parto. Alguém passa de carro na pista de rolamento, buzina e grita: Netão, um abraço! Era o Keoma. Paro na parada de ônibus por alguns minutos para mandar uma mensagem e sou abordado por meu amigo Landim, que vinha do comercial Demétrio com uma sacola cheia de ração para gato.

Conversamos um pouco e nos apartamos. Passo no Demétrio, compro algumas mercadorias domésticas e desço. Dentre elas, duas velas de 7 (sete) dias, para oferecer às “Almas Santas Benditas” e à alma da mãe Lourdinha. Passo em frente ao “buteco” da Toinha, cumprimento o Magão, que está agarrado ao celular de cachaça. Teço alguns elogios à Toinha e despeço-me. Quando vou passando em frente à Biss seu Mundoca grita-me: Neto, você sumiu!

Atravesso a rua e vou até ele. Encontro também o Zé e o Carlim. Conversa vai, conversa vem. O Carlim convida-me para ir, no feriado da quinta-feira, “Dia de Nossa Senhora Aparecida” ao terreno dele, na estrada de José de Freitas, com sua esposa, sua filha) e o seu filho). Na volta, passaremos no “Tambaqui do Didi” para comer um peixe e tomar uma gelada. De pronto, acato o convite. Despeço-me com um abraço apertado em seu Mundoca. Chego à casa da mamãe, encontro o Chicuta, que já vai exclamando: “Estou em falta com você! Vou fazer somente um rebouco e vou poldar sua árvore!”
Deixo ele e o papai coloquiando e desço com as sacolas para casa…

Sair da versão mobile