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Cronicando o Piauí: Resiliência

Pretendo o silêncio. Agora, é momento de calar. Perdoar e ser perdoado. Do fundo, deste silêncio, cultivar a oração, a meditação e contemplar. Neste silêncio ensurdecedor, buscar a Deus. É, peremptoriamente, um caminhar solitário por entre um cenário cheio de mundos. Amar o Judas sem condená-lo. Deixar Pilatos cumprir o seu papel sem inquiri-lo. Fazer a Via Sacra com a dignidade do Cristo Jesus. Ir ao Calvário de forma singela, reta e digna. Sem indagações. Ir e ir. Que o madeiro do sacrifício, possa ao ombro chagar. Deixar, através da calmaria, o Gólgota, no meu ente penetrar. E que a Lança vare meu flanco. E a Água, Dele derramada, possa ao mundo salvar. E, na Cruz, entre Dimas e Gestas, aquele compreensivo, este provocador, morrer e ressuscitar. Assim, morrer pro velho homem, e no Espírito renovar.

Caim e Abel!

Pisar a terra. Caminhar. Refazer o percurso. Reformular o andar. Tocar a terra. De pés descalço andar. Ser um vadio do bem. Esvazear-me de tudo e de todos. Voltar a ser criança para o Nazareno reencontrar. Pois, só chegarei ao Pai, quando renascer o Galileu dentro de mim. Em mim. Por mim. Ser um peregrino convicto. Propenso o tempo todo ao Amor. Quero este caminhar, sem as sandálias, também, dentro de mim. Este desapergar-se. Sem ter nem a moradia de uma raposa para a cabeça reencostar. Esvazear-me de mim mesmo. Dos conceitos e dos pré-conceitos. Limpar-me. Lavar-me. Assim, me encontrar. Renascer na Manjedoura. Entre o gado. O ouro de Baltazar, pra entender o reinado de Deus-Menino. O inceso de Gaspar, para compreender Sua Divindade e a mirra de Belchior, para firmar a fé na Ressurreição.

O joio e trigo!

Por fim, plantar. Cultivar almas. Ser um pescador de homens. Soltar as redes e pelo mundo pregar. Falar da Boa Nova. Ser restaurador de almas. Amar, amar e amar… transitar por entre a gente. Deixar tudo para trás. Despois, do deserto enfrentar, regar o Evangelho por onde passar. Atravessar o Mar Vermelho, e na Terra Prometida, agora, feito Josué, o povo conduzir e libertar. Depois, do Maná, da Eucaristia, agora, comer do Pão Vivo que desceu dos Céus. Agora, a Serpente hasteada no deserto, fazer-me, na promessa de Cristo no madeiro da Cruz, ressuscitar.

A Árvore da Ciência do Bem e do Mal!

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