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Cronicando o Piauí: Vida minha

Meu estandarte: “Odei ao mundo e as coisas do mundo”, disse-nos, o Cristo Jesus, o Filho do Deus eterno.

Em 2002, sem receber uma só vantagem, e até perdendo os 40% FGTS, pedi exoneração do Banco do Brasil. Todas as manhãs, deixava a moto na AABB, na avenida João XXIII, pegava o ônibus para Campo Maior(terra da carne-de-sol, da cera de carnaúba e de mulheres bonitas), dava o meu expediente e pegava o buzu de volta para a capital. Essas idas e vindas, já se prolongavam a dois anos.

Uma manhã, vou e volto, conversando com Deus, através da janela do ônibus, como se fosse um portal, num diálogo que rasgava o meu peito e causava-me lágrimas. Como sou teista – acredito nas aparições e nos milagres -, deixo aqui, neste exato momento, de ser deista(assim, como fora Einstein) e de ser ateu.
Sendo a Bíblia palavras sinceras e axiomas de Deus, apego-me, para sustentar os meus argumentos, diante do Altíssimo, o versículo: “Nem só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus”. Ora, já vinha, a algum tempo, fazendo uma leitura para tentar conhecer a Deus mais de perto, ao mundo e ao homem. Se o Eterno sustenta todos os astros do firmamento, não poderá sustentar um pobre peregrino como eu. Disse, a Ele, em nosso colóquio: viverei, de hoje por diante, da graça de Deus! Agora, diante da fé, viverei! Nunca mais dei um só dia de expediente a mais ninguém. Pedi a Deus a morte. Pedi para ser inumado. Abri mão de todos e de tudo para esperar a morte: a mensageira da agonia.

Fui à tribuna, novamente, e diante do Altíssimo, disse: “as aves do céu não semeiam e nem colhem e se alimentam todos os dias de suas vidas”. Entendi, que Deus, não falava das aves da terra, porém, das aves do céu. As estrelas, não plantam nem colhem, e estão lá brilhando todos os dias, sustentadas pelo Grande Criador do Universo. Quem as acende!?
Ora, como não tenho compromisso com este mundo, a não ser, de amar ao próximo, apeguei-me a outro versículo: “cultivai os tesouros do céu, pois a traça e a ferrugem não corroem e nem o ladrão pode roubar”. Deixei de acumular as parafernálias telúricas – carro, casa… -, e passei a semear os tesouros do céu: amor, bondade, caridade, perdão, misericórdia, espiritualidade e etc, pois a traça e a ferrugem não os corroem nem o ladrão rouba. “Onde estiver o teu coração, lá estará o teu tesouro”, disse o Emanuel. Agora, havia bebido da água viva, que o Messias havia dado de beber à samaritana, e nunca mais tive sede. Agora, ando com os “olhos” da fé. Já não caminho à palpadelas. Já não estava embaixo do alqueire, mas iluminando da comeeira da casa.

Hoje, vivo, ao Deus dará. Já que não posso coordenar os cabelos brancos que nascem em minha casa, não me preocuparei mais com o amanhã. Se eu, sendo um pecador inveterado, sou incapaz de dá a meu filho uma pedra ao invés de pão, quanto mais o Eterno. Se meu filho pede-me um peixe, mesmo sendo pecador arrogante, sou incapaz de dá-lhe uma serpente, quanto mais o Pai do céu.
Sabendo, que estou diante de Deus, durante toda minha vida, já não me cabe preocupação. Vim para viver. Vim para renascer todas as manhãs, assim, tal qual, os passarinhos: cantando.
Sabendo, que sou cidadão do céu, segundo o décimo terceiro apóstolo Paulo de Tarso, vou saboreando somente o lado doce da vida.

“Mas se eu chorar e o sal molhar o meu sorriso, não se espante, cante, que o meu pranto é a minha força pra cantar”, do vate, Gonzaguinha.
Não serei justicado pela Lei de Moisés e, muito menos, pelas obras, entretanto, pela fé em Nosso Senhor Jesus Cristo. Como o Ungido do Pai pediu: voltei a ser criança. Não me ocupo mais com a carne, com o espírito, porém. Desejo, em breve, ir para outra morada, pois a vida aqui é besta e vulgar. Disse o Unigênito: “na casa do meu Pai há infinitas moradas”. A Cosmologia diz que somos mais de 100(cem) bilhões de galáxias. O cientista Albert Einstein falou da relatividade do tempo e do espaço. Ora, se ele tivesse se debruçado sobre o Livro Sagrado, assim, como fez Isaac Newton, saberia, que o Criador, lá, já aborda o tempo: “um dia para Deus, mil dias na terra; mil dias na terra, um dia para Deus”.

Depois, que encontrei Jesus, o filho do Deus vivo, como disse o apóstolo Pedro, só levo uma túnica e um par de sandálias, pois, a raposa tem onde reencosta sua cabeça, mas o filho de Deus, não. Vendi todos os meus bens, doei aos pobres e segui Jesus. Encontrei o tesouro, larguei tudo e segui o Cristo. Queria tanto morrer hoje. Só assim entrarei na nave de Deus para viajar por outras galáxias. Estou cansado do homem. O homem é um discurso vazio e oco.

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