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Cronicando o Piauí: Zapiando

Acordei e junto veio à insônia. Assisto “Conversa com Bial”, porém o assunto é sobre games eletrônicos. Não é um tema que me der apetite. Não me apetece. Insosso. Ponho no canal 7 e na telinha Sylvester Stalone em “Condenação Brutal”. Desligo o ar, vou ao banheiro, vou à cozinha tomar uma água, aproveito, abro a porta que dar pro quintal e dou uma espiada no tempo. A noite está surda e muda. Um silêncio ensurdecedor. Nem uma voz. Nem uma respiração. Sem zuada de panelas na vizinhança.

A Peteca aproveita para mijar… Entramos e vou à geladeira, dou uma olhada. Deu vontade de comer algo. Só não sei o quê. Mania, cacoete ou desejo. Anorexia, bulimia, refluxo, azia… Graças a Deus, não estou sentindo nada. Só uma tal de uma insônia. O negócio é ter calma e se desligar.

Retorno ao casulo. Não tenho muitas opções. Deito e ligo o ar. Fico entre o filme e a terapia do forro. Divã sem psiquiatra. Penso um monte de besteiras. Faço um monte de planos que sei que não irei cumpri-los. É uma outra forma de contar carneirinhos. A insônia não arreda o pé. Uma insônia insuportável. Vou à geladeira… Dou uma olhada na Filó que está enrolada no pé do portão. Desligo as luzes e volto ao quadrado. Pego a Bíblia, deito e leio o Salmo 61. A Petequinha dorme. Atenho-me ao filme… Volto aos projetos. E divago. Fico sonhando acordado. Tento dormi… O sono não vem. O dia não vem.

O relógio dorme. Acaba que a ampulheta, agora, sou eu. O jeito é relaxar. Quanto mais stress, mais distante o sono. É relaxar e gozar. Ou gozar e relaxar.
Banheiro, cozinha, geladeira e quintal. Itinerário macabro. Via de olhos arregalados.

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