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Lázaro e as coisas da vida – Bala encontrada

Bala Encontrada

 

No meu tempo de menino

Tinha Bala todo dia

Bala em banca de revista

Bala na Mercearia

Mas, essa bala não matava

A nossa boca ela adoçava

Fazendo nossa alegria

 

Oh! Meu Rio de janeiro

Oh! Meu São Sebastião

Se junte ai com seus colegas

E venha nos dá proteção

Aqui no Rio tá feio

Ou o senhor entra pelo meio

Ou não teremos salvação

 

Oh Rio de Janeiro

Rio novo e Rio antigo

Estão tratando teu povo

Pior do que um inimigo

Não te reconheço mais

É terrível é demais

O que fizeram contigo?

 

Tuas escolas de samba

Cantaram o teu desencanto

A violência maldita

Campeia nos quatro cantos

Seja no morro ou no asfalto

Tem roubo, morte e assalto

No teu leito corre o pranto

 

Mães chorando seus filhos

Civis ou policiais

Crianças que foram à escola

E não voltaram jamais

Um povo que todo dia

Era a cara da alegria

Ficou triste não tem paz.

 

Tu que eras para o mundo

Um belo cartão postal

Com tuas praias tão lindas

Teu samba, teu carnaval

Estás morrendo afogado

Totalmente desprezado

Num abandono geral

 

O Rio de janeiro continua sendo

Palco de violência e dor

Não é mais como Gilberto Gil

Naquele samba falou

Perdeu a régua e o compasso

Tá se salvando nos braços

Do seu Cristo Redentor

 

Governantes sem escrúpulos

Com gestões atrapalhadas

Roubaram se corromperam

Deixaram o povo sem nada

Quem escapa da bala perdida

Se fere ou perde a vida

Na tal da bala encontrada!

 

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