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Mercado Velho recebe exposição do 3º Prêmio Residência de Criação em Artes Visuais da FMC

Inaugurado da última quarta-feira (24) a exposição dos artistas que participaram da Residência de Criação em Artes Visuais da Fundação Municipal Cultural Monsenhor Chaves (FMC). Selecionados através de edital, Adler Murada, Bernardo Aurélio, Cecília Bona, Hermano Luz, Mika, Nelson Moura, Sílvio de Camillis Borges, Phillip Marinho e Fany Magalhães produziram seus trabalhos através das trocas de experiências ambientadas no mercado.

Os produtos finais da residência são dos mais diversos, desde lunetas de cerâmica, passando por móveis “não planejados” feitos com materiais achados na rua, um memorial de vendedoras de eras do mercado, um banquete com lixo recolhido da praia, arte santeira contemporânea, pedras vivas, elementos da Tropicália e uma revista em quadrinhos, que narra momentos da própria residência.

O curador da exposição é Guga Carvalho, coordenador de Artes Visuais da FMC. Ele acompanhou todo o processo de criação dos artistas e celebra o êxito dos trabalhos. “Esse é um prêmio que busca a troca, criar uma instância de troca entre artistas de diferentes circuitos. Esse ano a residência foi dentro do Mercado Velho, que para mim é o maior ponto cultural da cidade”, coloca.

Guga Carvalho

Em sua terceira edição o prêmio vem se consolidando em Teresina e sendo reconhecido nacionalmente, tanto que não selecionou apenas piauienses, mas artistas de Minas Gerais, Distrito Federal, Pernambuco e São Paulo. “O prêmio, sem ufanismo, vem se firmando no circuito nacional. Vários artistas no Brasil todo procuraram e cada ano a concorrência cresce: no primeiro ano tivemos 30 inscritos, no segundo, quase 50 e nesse ano foram 80”, afirma Guga.

O curador sinaliza uma continuação do edital para o próximo ano. “Dois fatores são importantes para essa continuidade, uma é que, quando fomos criar o edital, chamamos vários artistas para conversar, para saber o que eles pensavam e queriam, então já começou com o diálogo, não foi uma coisa que veio de cima pra baixo. Outra coisa é o interesse, a consciência critica que o artista passa a ter da importância do edital, então, os artistas da primeira edição cobraram muito para que a Fundação fizesse a segunda edição, mesmo sabendo que não iam mais ser selecionado, mas queriam que aquilo continuasse. Se eles cobram, é porque sabem que é bacana”, finaliza.

A exposição permanecerá na Galeria de Artes do Mercado Velho por dois meses, com visitação se segunda a sexta de 8h ás 17h e aos sábados de 8h ás 13h30m.

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