
se o coração bate
o que sinto espanca
não sinto muito
[sinto tanto]
quanto o horizonte
sente liberdade
que pássaros me recitam
cantam fora o que há [dentro]
encurvado no peito
quieto no silêncio
espreitado em qualquer
suavidade [intrínseca]
concreta doçura amarga densa
e onde cantam os pássaros
amanhecem em mim raios di’versos
recitando minha alma
conta o passaredo
leveza roubada do vento
:eu
tenho asas de pedra.
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Nayara Fernandes, nasceu em Teresina, PI em setembro de 1988. Escreve nos blogs TAP e Liberoamérica. É autora do livro “Asas de pedra” (Selo Edith, 2017). Tem poemas publicados em diversas revistas literárias como Alagunas, Mallarmargens, Acrobata, Germina, Diversos Afins, Escritoras Suicidas e The São Paulo Times. Além dos sites LiteraturaBR e Livre Opinião — ideias em debate. Participou da coletânea Quebras — uma viagem literária pelo Brasil (Selo Edith, 2015). Ousada, sistemática e inquieta sou pedra, asa e poesia.
Por Dani Marques: Mãe e leitora.
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