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Poema “Tempestade” – Por Guilherme Aynerson 

Tempestade

Hoje chovi
Intensamente
Fiz meus furacões

De sempre
E chovi mais
Fiquei com medo de te afogar

Mas eu nunca consegui ser uma
Proa qualquer
Aquelas de bar

Que caem só para atrapalhar
Sua ida para casa

Eu sou aqueles temporais
Um dos desastres naturais

Eu sou intenso
E com o tempo
Você acostuma

Ou surta
E sai de perto de mim
Como todo mundo

Sempre faz
Desculpa o temporal
Essa ventania
E tal

Mas eu não consigo ser menos que
Isso
Não vou te mostrar o paraíso
E depois destruí-lo

Por quê o único lugar
Que eu sei
É esse

Que sempre chove
E sempre grita

Senta e toma
Essa birita
Não vou passar tão cedo

E pode esperar sem medo
Não sou menos que isso

Venha até mim
Te prometo que no fim
Você não vai se arrepender

O problema nunca foi você
Fui eu
Que não parei de chover

Escritor: Guilherme Aynerson 

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Guilherme Aynerson, nasceu em Parnaíba, no Piauí, mas mora mesmo é nas páginas dos livros que lê. Tem o sonho de tornar-se um ator profissional, é viciado em signos e tem um dedo podre e tanto. Atualmente cursa letras português na UESPI.
Guilherme Aynerson
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