Entre os dias 06 e 07 de novembro o Theatro 04 de Setembro vai ser palco da segunda edição da Balada Litherária, que reúne literatura, poesia, musica e outras manifestações artísticas em um espaço plural e democrático. O evento consagrado já acontece há mais de dez anos em São Paulo, idealizado pelo escritor Marcelino Freire, e desde o ano passado também é realizado em Teresina e Salvador (BA). Neste ano, a Balada homenageia nacionalmente a poetisa Alice Ruiz e o músico e compositor Itamar Assumpção, e no Piauí a escritora Graça Vilhena.
No Piauí, a Balada é organizada pelo professor e escritor Wellington Soares, eu conversou com o Entrecultura sobre a concepção do evento e s novidades dessa edição. “O Marcelino Freire, inspirado na Festa Literária Internacional de Paraty criou esse evento, que valoriza muito a literatura independente e privilegia discussão, o debate, não é uma feira mercadológica”, afirma Wellington Soares.
O professor explica como foi o processo de descentralização do evento. “Ano passado ele [Marcelino] trouxe o evento para cá devido ao homenageado ser Torquato Neto, então, nada mais justo que o evento acontecesse também em Teresina. Nesse ano eu perguntei a ele se poderíamos continuar realizando o evento aqui e deu certo”, informa. A Balada acontece em Salvador entre os dias 14 e 17 de novembro, e em São Paulo entre 20 e 25.
Wellington Soares destaca a presença de Alice Ruiz na Balada em Teresina. “Eu destacaria a presença da Alice Ruiz, uma das homenageadas e a prata da casa, Graça Vilhena. Costumo dizer que Graça é a poetisa viva mais importante da nossa literatura, ela tem uma obra relativamente pequena, com dois livros de poesia e um de conto, mas é uma obra de um valor imensurável. Além disso, vamos ter mesas redondas, lançamentos de livros, shows musicais, com Soraya Castello Branco, Ricardo Totte, e a própria Alice Ruiz com Alzira Espíndola”, enfatiza
Por fim, Wellinton Soares ressalta o caráter de resistência preconizado pela Balada Litherária. “É um vento que celebra a amizade, o livro, a cultura, sobretudo nesse momento de incerteza em nosso país. É a cultura como um ato de rebeldia, de resistência ao obscurantismo, à barbárie”, conclui.
O evento é gratuito e conta com patrocínio da Secretaria de Estado da Cultura do Piauí (Secult), do Governo do Estado do Piauí e do Instituto Dom Barreto, e apoio financeiro de emendas parlamentares dos deputados Fábio Novo, Francisco Limma, Severo Eulálio, Themístocles Filho e Liziê Coelho. Revista Revestrés e Kindle Direct Publishing também apoiam o projeto.
Confira a programação completa: