Já imaginou um guia turístico ilustrado de Teresina, não voltado aos turistas, mais aos próprios teresinenses? Pensando nisso, um grupo de amigos resolveu se reunir e pensar essa proposta, que culminou com o projeto IN.SURGE, um mapa da nossa capital, elencando informações sobre cultura, lazer, esporte, saúde, transporte, educação, dentre outras coisas.
“Em novembro do ano passado eu voltei do meu mestrado na Holanda, e em dezembro chamei alguns amigos para a gente fazer um mapa inspirado em mapas que vi lá fora, mapas turísticos, mas que eram feitos de forma independente. Esses guias eram sempre muito honestos com a avaliação que faziam dos lugares e mostravam coisas que outros mapas não mostravam. Então, chamei meus amigos para fazer um mapa parecido em Teresina, mas não voltado para o turista, eu acho que Teresina precisa de material para o próprio teresinense, sabe, para o teresinense conhecer e curtir sua cidade”, declarou Mariana Fiúza, arquiteta e idealizadora.
O grupo começou a crescer já nas primeiras reuniões. “No começo eram só meus amigos, depois, amigos de amigos, e o grupo foi crescendo, outras ideias foram aparecendo e a gente foi adaptando esse material. É um mapa colaborativo, a gente fez reuniões, para que todos que estavam participando opinassem sobre os lugares, sobre o que que eles queriam ver no mapa, tudo muito espontâneo, muito autêntico, a gente foi muito honesto nas nossas avaliações”, explicou.
A equipe de colaboradores é bastante diversificado, como cita Mariana. “Cada um chegou trazendo seu conhecimento, então teve gente que ilustra, editores, pessoas para diagramar, gente que tem conhecimento da história de Teresina… Também conversamos com gente da Antropologia, da História, a gente rodou muito, para que cada pessoa agregasse seu conhecimento ao mapa”, colocou.
Mariana destacou que o principal objetivo do guia era ampliar o horizonte do teresinense, de modo que se possa conhecer melhor o que Teresina oferece. “Uma preocupação muito grande nossa era é sair um pouco do bar. O entretenimento aqui é majoritariamente noturno e para consumir bebida alcoólica, isso às vezes vinculado a depois sair dirigindo um carro. Também há a preocupação em relação a saúde mental, a gente sabe que é um problema, poucas pessoas falam, mas a bebida alcoólica é um gatilho a mais e nossos jovens consomem muito álcool. Então, a gente procurou sair desse eixo noturno do bar, apresentando outros grupos para a pessoa se inserir, de esportes, leitura, arte, para sair um pouco do convencional e do óbvio”, ressaltou.
Por conta da escassez de recursos, o grupo conseguiu imprimir poucos mapas, e pretende distribuir em alguns pontos da cidade. A versão digitalizada está disponível neste link.
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