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Projeto Chapéu de Couro vai desenvolver capim adaptável ao clima seco

Os representantes do Projeto Chapéu de Couro participaram da autorização da criação da Comissão de Coordenação e Articulação Interinstitucional do projeto que visa à implantação de uma variedade de capim adaptável ao clima seco no semiárido piauiense.

O Chapéu de Couro enxerga o bioma, hoje, desvalorizado, como um grande campo para a cultura de pastagem e, consequentemente, de expansão da pecuária. Os levantamentos mostram que é possível aproveitar o solo mesmo em áreas castigadas pela estiagem, cultivando o capim-corrente.

– Essa variedade de capim tem uma condição de produtividade, proteínas adequadas, voltada principalmente para animais e adaptada para as regiões onde chove menos. O semiárido piauiense passará a ser uma área potencialmente importante para alavancar a economia piauiense – pontuou o governador Wellington Dias.

Para se consolidar, o projeto prevê uma união de esforços envolvendo o poder público e a iniciativa privada, por meio de produtores e empresas especializadas no agronegócio. O plano é plantar, inicialmente, 20 mil hectares.

– O próximo passo é conversar com os empresários regionais a fim de firmar uma sociedade para que até o fim do ano possamos abrir as áreas e começar o plantio em 2020, com implementação da pecuária. Devemos investir em torno de R$5 a R$6 mil por hectare. Como estamos negociando 20 mil hectares, dá um total de R$100 a R$120 milhões – disse Nilson Guimarães, um dos representantes do projeto.

O Piauí tem aproximadamente 9 milhões de hectares de semiárido. A pecuária se vê empurrada para áreas de menor intensidade pluviométrica e o Piauí pode largar na frente na atração de grandes produtores para a região semiárida, mostrando que ela pode produzir pasto o ano inteiro para o gado.

De acordo com Luís Paes Landim, a meta para os próximos 5 anos é aumentar o rebanho piauiense em mais 25%, um incremento de 500 mil animais.

– O projeto pretende somar investidores de fora e o empresariado local para uma atuação em parceria. Os proprietários atuais de terra que se interessarem podem produzir e vender o capim, ou mesmo negociar suas terras. O importante é o consórcio das ações – atentou o coordenador da Ceagro.

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