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Projeto da ONU promove empoderamento econômico de mulheres no Piauí

Principais vítimas de feminicídio e de mortalidade materna, as mulheres jovens também são as que mais sofrem com o desemprego e a sobrecarga de trabalho não remunerado no país.

Na tentativa de reverter esse quadro no estado do Piauí, o projeto “Mulheres Resilientes = Cidades Resilientes”, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), desenvolverá nos próximos meses iniciativas para o empoderamento econômico e a autonomia financeira de mulheres piauienses com idade entre 18 e 29 anos.

A previsão é de que o trabalho seja realizado em cinco áreas: educação para o trabalho e inclusão produtiva; enfrentamento à violência contra as mulheres; promoção da saúde das mulheres; melhoria da transversalidade de gênero nos equipamentos públicos; políticas de cuidados para redução da sobrecarga de responsabilidades concentradas nas mulheres.

As ações serão realizadas em cinco municípios da região metropolitana de Teresina — Teresina, Demerval Lobão, Nazária, José de Freitas e Timon (o último, no Maranhão) — e têm como base esforços de diagnóstico feitos pelo projeto na região, que identificou desafios e possíveis soluções.

Juntas, as cidades abrigam 1,05 milhão do total de 1,25 milhão de habitantes da região metropolitana de Teresina, o que afeta positivamente todo o território e colabora para a redução da pobreza. O governo do estado e as prefeituras das cinco localidades são parceiros do PNUD na implementação do projeto.

Na última semana, a oficial de gênero e raça do PNUD Brasil, Ismália Afonso, esteve em Teresina para reafirmar a parceria com os poderes públicos locais e apresentar as consultoras do projeto à Secretaria de Planejamento do estado, às prefeituras dos cinco municípios e à Secretaria Municipal de Políticas Públicas para Mulheres de Teresina (SMPM).

“Essa iniciativa tem o papel de construção de políticas públicas de igualdade de gênero junto com o poder público e a sociedade civil por meio de aporte técnico. A ideia é que essas ações sejam aplicadas dentro dos mecanismos de planejamento das prefeituras e do governo do estado, como o Plano Plurianual, a Lei Orçamentária Anual e a Lei de Diretrizes Orçamentárias”, disse a oficial.

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