O Piauí está entre os quatro últimos estados do país com os piores índices de divulgação de informações sobre investimento de recursos durante a pandemia da Covid-19, segundo a ONG Transparência Internacional Brasil. A iniciativa faz uma análise da disponibilização de informações essenciais sobre gastos nas páginas oficiais dos governos e classifica em um ranking com uma pontuação que vai de 0 até 100.
De acordo com Vinícius Reis, pesquisador da Transparência Nacional Brasil, garantir a transparência das contratações e outras medidas emergenciais é um caminho para assegurar que recursos destinados ao combate da Covid-19 sejam corretamente utilizados e possam ser devidamente fiscalizados.
“É uma iniciativa para avaliar esses entes federativos em relação a qualidade das páginas oficiais e os portais de transparência e observar se eles disponibilizam as informações que são essenciais e desejáveis sobre os contratos de licitações, explicou Vinícius Reis.
Em uma escala que vai de 0 a 100, o Piauí ficou ranqueado em 24° apenas com 69,6 pontos, seguido da Paraíba e de Sergipe, ambos com 65,8 pontos e Roraima, que ficou na última colocação, alcançando somente 40,5 pontos.
A ONG destacou que os estados com melhor disponibilização de informações em sites oficiais e nos portais de transparência foram o Ceará, Espírito Santo e Rondônia, que dividiram a primeira posição do ranking com 100 pontos.
‘Critérios para julgamento’
Controladoria Geral do Piauí — Foto: Divulgação/CCOM
Segundo a Alexandre Chaves, auditor governamental Controladoria-Geral do Estado do Piauí (CGE-PI), a ONG responsável pela pesquisa vai além do que a legislação determina para os estados.
“Essa própria ONG já modificou o critério para julgamento para a próxima divulgação, que será em agosto. Dentro de um período de quatro meses, nós já tivemos duas mudanças de critérios para classificação e isso não ocorre no mesmo ritmo que a da legislação”, explicou.
O auditor afirmou a CGE e estado do Piauí s baseiam pelo que a legislação demanda. “A gente tem uma certa dificuldade para acompanhar na mesma velocidade que essas organizações internacionais”, pontuou.
Com informações da Rede Clube
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